Nesta terça-feira (25), o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira (PT), esteve no auditório do Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo, em Campo Grande, para anunciar investimentos para a agricultura familiar, no Centro-Oeste, mas em especial em Mato Grosso do Sul.

Ao todo o Governo Federal destinará R$ 400 milhões em recursos para a agricultura familiar em MS, através de abertura de crédito aos produtores, programas de incentivo a compra de alimentos, acesso a maquinário e assistência técnica, entre outras ações. Além de fortalecer o setor, o investimento visa ainda promover uma transição agroecológica e levar alimento saudáveis a mesa dos brasileiros, como um todo.

Durante o lançamento, lideranças de todo o Estado estiveram presentes, incluindo de Dourados, como a deputada estadual Gleice Jane, o vereador Elias Ishy, o ex-deputado federal João Grandão e o candidato ao senado pelo PT em 2022, e pré-candidato à prefeitura Tiago Botelho.

O presidente do diretório municipal do PT, professor João Carlos de Souza, o Joca, também participou do evento, além de outras lideranças de Dourados.

Os petistas entregaram um documento a Paulo Teixeira solicitando “especial atenção às questões cruciais da região de Dourados, principalmente com relação aos trabalhadores rurais, povos indígenas, quilombolas”.

O documento recebeu apoio dos deputados federais Camila Jara e Vander Loubet, ambos do PT.

Confira:

Ao Excelentíssimo Senhor Paulo Teixeira,
Ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar do Brasil,

Solicitamos a Vossa Excelência, uma especial atenção às questões cruciais da região de Dourados, principalmente com relação aos trabalhadores rurais, povos indígenas, quilombolas.

  • Regularização Fundiária: Pedimos a efetiva regularização dos assentamentos de Lagoa Grande e Amparo. O acesso ao crédito e recursos é crucial, mas sem a segurança da posse de terras, muitos desafios persistem para nossos trabalhadores rurais.
  • PRONERA: Solicitamos a implementação e reforço do PRONERA, um programa essencial que promove a educação no campo e desenvolve o potencial de nossa comunidade rural.
  • Investimento em Agricultura Familiar Indígena: Dourados é lar de uma das maiores reservas indígenas do país, composta pelas aldeias Bororó e Jaguapiru. Precisamos de políticas que apoiem e promovam a agricultura familiar nas comunidades indígenas.
  • Titulação Quilombola e Apoio à Agricultura Familiar: A comunidade quilombola de Picadinha necessita da regularização de suas terras, bem como do apoio ao desenvolvimento da agroecologia e da agricultura familiar. Acreditamos que tal iniciativa promoverá a prosperidade e sustentabilidade destas comunidades.
  • Assistência Técnica e Programa de Aquisição de Alimentos (PAA): Ressaltamos também que a proximidade de Dourados com duas universidades públicas abre uma oportunidade única para parcerias em assistência técnica e para o desenvolvimento do PAA, beneficiando nossos restaurantes universitários e promovendo a saúde de nossa população estudantil.
  • Piscicultura: Solicitamos também o incentivo à piscicultura, uma atividade emergente e com grande potencial em nossa região.
  • Apoio para a implantação de um projeto de produção de hortifrutigranjeiros numa estratégia de “Distrito Verde” voltado para a juventude, sendo 100 jovens com área de 3 hectares por jovem, com infraestrutura, casa, água potável e energia elétrica, objetivando a produção em escala comercial e incluindo cooperativismo voltado para a industrialização no processo.
  • Investimento em programas de ingresso e permanência para comunidades quilombolas, indígenas e trabalhadores do campo: Salientamos que o investimento no ensino superior para essas comunidades desempenha papel fundamental no desenvolvimento social, cultural, econômico e político dos povos e da região. Destacamos que ampliar oportunidade de ingresso e permanência na Universidade para as comunidades indígenas, quilombolas e trabalhadores do campo preserva e fortalece a cultura oriunda dessas comunidades.O acesso ao ensino superior também se constitui oportunidade de assumirem papéis de liderança em suas comunidades, mas também, defender seus interesses a partir de suas necessidades. No entanto, é importante ressaltar que o acesso e permanência ao ensino superior enfrenta grandes desafios, como a falta de infraestrutura adequada para atender as especificidades desses grupos, preconceitos institucionais, barreiras linguísticas e desigualdades socioeconômicas. Para que o ensino superior seja uma realidade para esses grupos, é necessário que haja políticas públicas inclusivas, programas de ação afirmativa e valorização das diferentes culturas nas instituições de ensino.

Confiamos em sua disposição para atender as demandas da Grande Dourados e ouvir as propostas dos destinatários das políticas públicas aqui tratadas. Sendo muito salutar uma agenda para apresentar os projetos existentes, que é uma pauta urgente da população douradense.

Acreditamos que estas ações possibilitarão um futuro próspero para nossa região, valorizando a agricultura familiar, reconhecendo o direito à terra e promovendo o desenvolvimento sustentável.

Com nossos sinceros agradecimentos,

Elias Ishy,
Tiago Botelho,
João Grandão,
Gleice Jane.
Fonte: Juliel Batista/Folha de Dourados
Link: 
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