Em 2018, por meio do Decreto Legislativo nº 071, o vereador Elias Ishy foi o propositor do prêmio “Zumbi dos Palmares”, que tem como finalidade destacar e homenagear personalidades e/ou entidades com atuação em prol da comunidade afrodescendente. Concebido como um tributo ao líder negro, ícone da luta pela liberdade no país, o prêmio é conferido anualmente pela Casa de Leis.

Na edição de 2023, pela relevância do trabalho desenvolvido em prol da comunidade negra, foram contemplados na área Cultural a cantora Ana Paula Lopes, na Política a escritora Iracema Pereira Tibúrcio, na Social a Jucerlene de Oliveira Teixeira, na Educacional a Cláudia Cristina Ferreira Carvalho e na Religiosa o Templo Escola de Umbanda Iansã-Senhora dos Ventos-TESV. O vereador convida para a entrega do prêmio que será realizada nesta segunda-feira, dia 11, às 17h, no intervalo da 43°sessão da Câmara Municipal.

Ishy relembra que, na época da proposição do decreto, ele era presidente da Comissão de Direitos Humanos. Em sua história, no entanto, desde muito antes sempre abriu a Câmara de Dourados para a pauta antirracista, de resistência e luta do povo negro, indígena, quilombola, bem como também a minorias, como a LGBTQIA+, mulheres e quanto a intolerância religiosa. 

Ele também foi propositor de uma audiência que tratou dos desafios frente a essa questão, que teve como um dos encaminhamentos a criação do Dia Municipal de Combate à Intolerância Religiosa no município, a ser comemorado anualmente no dia 21 de janeiro. Após uma das atividades que realizou na Câmara, também foi reativado o Comafro - Conselho Municipal de Defesa e Desenvolvimento dos Direitos Afro-brasileiros de Dourados/MS, principalmente pela mobilização do Movimento Negro no município. 

Ishy que cobrou da prefeitura pela implantação da “Coordenadoria Especial de Promoção da Igualdade Racial”, órgão criado por meio da Lei Complementar nº 442, datada de 15 de setembro de 2022 e, nesta data, reitera a cobrança ainda pela ativação e composição da Coordenadoria, que não foi realizada até o momento.

 Em documento encaminhado no ano passado, o vereador afirmou que “há uma insuficiência de iniciativas e ações por parte dos poderes no sentido de colocar em debate a temática da reparação histórica”. Para ele, isso afeta diretamente o município já que existem regiões periféricas de alta complexidade, carentes de atenção e soluções práticas para as necessidades urgentes da população negra/pobre douradense. “Tem homenagem e sempre tem luta”, finaliza.